segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Segundo Round - Por Leonardo Pelicarto

A segunda etapa de vacinação anti-rábica está sendo organizada pelo setor de Zoonoses da Secretária de Saúde, Saneamento e Desenvolvimento Ambiental (SSSDA), no dia 8 de novembro. Ao todo funcionarão, em Juiz de Fora, 34 postos das 8h às 16h. A campanha mobilizará cerca de 400 profissionais, incluindo voluntários, como escoteiros e escolas de enfermagem e veterinária.
De acordo, com o veterinário da Zoonoses da Secretária de Saúde e organizador da campanha, José Geraldo Castro Júnior, a raiva pode ser transmitida pela mordida, arranhões, contato com as mucosas (olhos, boca e narinas) e através da saliva no caso, cães e gatos. A transmissão acontece também por intermédio de animais silvestres, como, por exemplo: morcego, raposa e lobos.
Júnior ainda explica que o vírus entra pelo ferimento do indivíduo, atinge os nervos e percorre-os até chegar ao Sistema Nervoso Central. Dessa forma, quanto mais enervada for a região do ferimento ou próximo ao cérebro, maior o perigo para o homem, pois, o período de incubação será menor, levando-o à morte.
O objetivo da campanha é reforçar a imunização em animais que receberam a primeira dose este ano e vacinar os que perderam a primeira etapa em setembro. A expectativa é que cerca de sete mil animais sejam vacinados.
O estudante de Veterinária Charles Pimentel, da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), que participou da primeira etapa e também participará da segunda fase diz: “Essa campanha é de cunho muito importante, pois, essa vacinação não protege somente os animais, mas os seres humanos que são os seus donos, pois, trata-se de uma doença letal. E outro ponto interessante, é a transmissão de experiência para os estudantes que participam e terão de lidar com isso quando forem profissionais formados”.
Segundo a responsável pelo Setor de Apreensão de Animais do Canil Municipal do Departamento de Limpeza Urbana (Demlurb), Liza Nery, desde 1998, não é detectado nenhum caso de raiva canina ou felina no município. “O animal que apresenta alguma sintomologia que aponte a raiva fica em observação por dez dias. Se ocorrer a morte do animal neste período, o cérebro é recolhido e enviado para exame”, explica Nery.

Leonardo Pelicarto

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